A colonoscopia é solicitada na suspeita de doenças do reto, cólon e íleo terminal. Solicitado também, para a prevenção do Câncer Colorretal. Permite a biópsia de alterações e a retirada dos pólipos. A maioria dos cânceres de intestino surge dos pólipos (adenoma ou serrilhado) que crescem no intestino e evoluem para o câncer. A lenta evolução dos pólipos, na maioria dos pacientes, permite que a colonoscopia os retire, evitando assim, o aparecimento do câncer e a possibilidade de morte. A colonoscopia encontra pólipos em até 30% das pessoas com 45 anos ou mais.

Aqui você tem, para o particular, o melhor valor da “colonoscopia em Belo Horizonte”! Telefones (31) 2510-3311 / 2510-3355. Avenida dos Andradas 3323, 8º andar, esquina com Avenida do Contorno 2505. Bairro Santa Efigênia. Belo Horizonte. MG.

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O que é a colonoscopia?
Como a colonoscopia é realizada?
Qual é o equipamento utilizado na colonoscopia?
Quais são as indicações da colonoscopia?
Quais são os grupos de risco para o câncer colorretal?
O que é colonoscopia de rastreamento para prevenção do câncer colorretal?
Quais são as contraindicações da colonoscopia?
Quais exames são necessários para a colonoscopia?
Como agir com as medicações de uso crônico para a colonoscopia?
É necessária a internação hospitalar para a colonoscopia?
Vou sentir dor durante a colonoscopia?
Posso ir desacompanhado realizar a colonoscopia?
Colonoscopia – diagnóstico e tratamento!
1- Biópsia;
2- Estudo colonoscópico dos pólipos;
3- Tratamento dos Pólipos;
4- Hemorragia Digestiva Baixa
A colonoscopia é perigosa?
A colonoscopia é segura no idoso?
Quais são as complicações da colonoscopia?
Quando parar com a colonoscopia de prevenção?
Quais são as recomendações para casos especiais?
Quais são as orientações após a colonoscopia?
O que posso sentir após a colonoscopia?
Qual é o preparo necessário para fazer a colonoscopia?




 




O que é uma colonoscopia?

A colonoscopia consiste na introdução, pelo ânus, de um tubo flexível que permite a visão direta do interior do reto, do cólon e do íleo terminal, com imagem ampliada e de alta definição. É um meio seguro e fácil para o diagnóstico e, eventualmente, tratamento das doenças do reto, do cólon e do íleo terminal. É realizada em Clínicas Especializadas ou no Setor de Endoscopia Hospitalar, com um mínimo de desconforto para o paciente pela administração de medicações analgésicas e sedativas através da veia durante exame. Antes do exame o intestino grosso deve ser limpo para que nenhum resíduo fecal fique no seu interior (PREPARO DO CÓLON).

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Colonoscopia de alta qualidade requer compreensão e domínio das habilidades cognitivas e técnicas do examinador. Indicadores de qualidade antes, durante e depois da colonoscopia:

# Antes do exame – Agendamento oportuno, preparação adequada do paciente, avaliação do risco de sangramento e avaliação da sedação apropriada.

# Durante o exame – Visualização cuidadosa de toda a mucosa intestinal. Cálculo das taxas de intubação cecal, tempo de retirada do aparelho e taxas de detecção de adenoma são marcadores de qualidade.

# Após o exame – Documentação imediata, completa e precisa (tanto escrita quanto fotográfica) da qualidade da preparação, dos achados e amostras de tecido tomadas durante a colonoscopia.




Como a colonoscopia é realizada?

O exame completo do cólon é realizado durante a retirada do aparelho (colonoscópio), mas para chegar no ceco ou íleo terminal, algumas manobras são necessárias. Com o paciente deitado sobre o ombro esquerdo, a região perianal e anal é examinada, segue-se o toque retal para relaxar o canal anal e afastar lesões estenosantes que podem impedir o início do exame. A ponta do colonoscópio lubrificada é delicadamente introduzida no canal anal. O reto é visualizado e ultrapassado geralmente sem dificuldade. O sigmóide pode apresentar certa dificuldade na transição retossigmoidiana e quando forma alça em “N” ou em “α”, mas com algumas manobras (tração e rotação para a direita ou esquerda), compressão do abdome pelo auxiliar e mudança para o decúbito dorsal (“barriga para cima”) frequentemente consegue-se prosseguir com o exame. O cólon descendente normalmente é examinado facilmente e identificado pelo aspecto tubular com menos angulações. O ângulo esplênico é ultrapassado mantendo-se o aparelho retificado e rodando-o para a esquerda. O cólon transverso (aspecto triangular) normalmente é vencido com facilidade. O ângulo hepático é usualmente vencido pela angulação aguda da ponta do colonoscópio juntamente com certa tração e rotação para direita alcançando o cólon ascendente e chegando por fim ao ceco (fundo cego, orifício apendicular e válvula ileocecal). A identificação do ceco é que assegura um exame completo e sempre se deve tentar visualizar o íleo terminal pela transposição da válvula ileocecal.

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Este é o equipamento utilizado para a fazer a colonoscopia.

EQUIPAMENTO COMPLETO USADO PARA FAZER A COLONOSCOPIA

Sistema eletrônico de vídeo moderno da marca Fujinon® série 200 composto da processadora EPX-2200 110v NTSC, do colonoscópio EC-250HL com diâmetro de 13.0 mm, extensão de 168 cm e canal de biópsia de 3.2 mm. Fonte de luz que produz luminosidade transmitida através de fibras ópticas até a ponta distal do colonoscópio onde existe um sistema de microcâmera que capta a imagem e a envia ao monitor.




Quais são as indicações da colonoscopia?

A colonoscopia é geralmente indicada nas seguintes circunstâncias:
1- Avaliação de alterações intestinais em exames de imagem: ultrassom ou tomografia ou ressonância.
2- Avaliação de sangramento intestinal.
a- Sangramento intestinal sem fezes (enterorragia) ou com fezes (hematoquezia).
b- Sangramento intestinal escuro (melena).
c- Presença de sangue oculto positivo nas fezes.
3- Anemia por deficiência de ferro (ferropriva) de causa desconhecida.
4- Prevenção e acompanhamento do câncer colorretal.
a- Prevenção em pessoas sem sintomas em idade de risco para o câncer colorretal.
b- Prevenção em pessoas com história familiar sugestiva de câncer colorretal hereditário (HNPCC ou Síndrome de Lynch).
c- Prevenção em pessoas com parentes de primeiro grau de pacientes com câncer colorretal.
d- Prevenção em pessoas que retiraram pólipos colorretais pré-cancerosos.
e- Prevenção em pessoas com Retocolite Ulcerativa ou Doença de Crohn.
f- Prevenção em mulheres com câncer de mama ou ovário ou útero.
g- Afastar outro câncer ou pólipo colorretal simultâneo antes do tratamento do existente.
h- Seguimento após o tratamento curativo de pólipo ou câncer colorretal.
6- Diagnóstico e acompanhamento da retocolite ulcerativa e doença de Crohn.
7- Diarreia clinicamente significativa de origem desconhecida.
8- Identificação pré-operatória ou intraoperatória de lesão não aparente na cirurgia.
9- Tratamento de lesões com sangramento ativo: ectasia vascular, ulceras, câncer, local de polipectomia, etc.
10- Retirada de corpo estranho.
11- Tratamento de pólipos colorretais (polipectomia ou mucosectomia).
12- Obstrução cólica: diagnóstica e descompressiva pré-operatória e no tratamento paliativo para o câncer colorretal.
13- Descompressão de megacólon não tóxico agudo, pseudo-obstrução aguda e volvo parcial do sigmoide.
14- Dilatação em estenose da Doença de Crohn e nas estenoses de anastomoses.

A colonoscopia pode ser indicada nas seguintes circunstâncias:
1- Dor abdominal associada ou não a alteração do hábito intestinal.
2- Diarreia aguda.
3- Câncer metastático de sítio primário desconhecido.
4- Sangramento do trato gastrointestinal alto ou melena de origem conhecida.



Grupos de risco para o câncer colorretal (câncer de intestino)

O termo “risco” é usado para definir a chance de uma pessoa sadia, exposta a determinados fatores, ambientais ou hereditários, desenvolver uma doença. Os fatores associados ao aumento do risco de se desenvolver uma doença são chamados fatores de risco.

RISCO MÉDIO – VEJA DETALHES⇒
A- Idade igual ou maior a 50 anos. Recentemente, a American Cancer Society (ACS) publicou novas diretrizes para abordagem da doença e anunciou que o rastreamento do câncer colorretal deve começar aos 45 anos para adultos com risco médio. Veja a revisão aqui!

RISCO INTERMEDIÁRIO – VEJA DETALHES⇒
História familiar de câncer colorretal, adenoma e pólipo serrilhado em seus parentes de primeiro grau (pais, filhos e irmãos).

RISCO ALTO – VEJA DETALHES⇒
A- Colonoscopia anterior com diagnóstico de pólipo (adenoma ou pólipo serrilhado) no intestino.
B- Quem já teve câncer colorretal.
C- Mulheres com câncer de mama, ovário ou útero.
D- Portadores da Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa.



Contraindicações para a colonoscopia

A Contraindicação absoluta é para aqueles casos em que a colonoscopia é totalmente inadequada para o paciente desde que poderia causar grave consequência ou até mesmo ser fatal. Portanto, não é permitida em nenhuma circunstância. Por outro lado, uma contraindicação relativa é um em que há uma classificação de fator de risco e deve ser cauteloso. O médico decide em casos individuais, realizando a colonoscopia quando o benefício esperado for maior.

  • Absolutas
    1. Não consentimento do paciente;
    2. Suspeita de perfuração intestinal;
    3. Peritonites;
    4. Megacolon tóxico.
  • Relativas
    1. Doenças cardiorrespiratórias;
    2. Coagulopatias ou uso de anticoagulantes;
    3. Doença inflamatória orificial;
    4. Gravidez;
    5. Aneurisma abdominal grande;
    6. Esplenomegalia;
    7. Diverticulite aguda.


Exames são necessários para a fazer a colonoscopia

Na maioria dos pacientes é necessário apenas os exames de hemograma e coagulograma!

Exames laboratoriais necessários para a maioria é o hemograma completo e o coagulograma (avalia o risco de sangramento). Testes laboratoriais específicos para pacientes que sofram de disfunções endócrinas, renais e hepáticas significativas, ou que estejam fazendo uso de medicamentos que possam prejudicar essas funções. Outros exames dependerão das doenças existentes e da indicação do exame. Poderá ser necessária a realização do risco clínico/cirúrgico.

Informar a presença de doenças cardiovasculares, renais, hepáticas (do fígado) e respiratórias (asma ou bronquite), apneia do sono, entre outras, para que medidas específicas sejam tomadas.

Informar o uso de medicamentos em uso crônico ou eventual, reações adversas e alergias a medicamentos, para reduzir ou mesmo evitar complicações durante a colonoscopia.

Informar se teve sangramentos recentes de difícil controle para evitar sangramento no caso de se fazer procedimentos (polipectomia ou mucosectomia) durante a colonoscopia. Na suspeita de problemas na coagulação, uma avaliação laboratorial mais detalhada é recomendada com o hematologista.

Informar se já fez cirurgias intestinais porque algumas alteram a anatomia do trato intestinal e consequentemente alteram os achados do exame.

Informar se já fez colonoscopia e se não teve complicações. O conhecimento de complicações é importante para tomar medidas preventivas, e assim evitá-las. Levar os resultados anteriores para que o médico examinador saiba se você é portador de alguma alteração intestinal que mereça controle ou acompanhamento.



Medicações de uso crônico e a colonoscopia

A maioria dos remédios deve ter seu uso continuado, principalmente antibióticos, anti-hipertensivos, remédios para o coração e para convulsão (epilepsia). No dia do exame devem ser tomados com pouca água.

Alguns remédios podem interferir com o preparo ou com os procedimentos do exame. Assim, no momento do agendamento e antes do exame, informe todos os medicamentos em uso (inclusive os considerados naturais).

Alguns anticoagulantes devem ser suspensos com dias de antecedência e outras medicações como hipoglicemiantes orais e insulina necessitam de ajustes. Siga rigorosamente as orientações que lhe foram dadas no momento da marcação de seu exame. Informe ao chegar para fazer a colonoscopia qualquer tipo de alergia ou reação que teve a alimentos, medicamentos, sedativos e anestésicos.

  1. Tome os remédios permitidos e de uso crônico na manhã do exame com pouca água.
  2. Se diabético, não tome a insulina ou o remédio (hipoglicemiante) no dia do exame.
  3. Se tomar ticlopidina ou clopidogrel, pare 7 dias antes, mas com a aprovação do seu médico.
  4. Se tomar rivaroxaban, dabigatran, apixaban pare 3 dias antes, mas com a aprovação do seu médico.
  5. Se tomar remédio com sulfato ferroso (tratamento da anemia por deficiência de ferro), pare 3 dias antes.
  6. Se tomar varfarina sódica comunicar ao responsável pela marcação do exame. Você não poderá fazer o exame usando esse medicamento.
  7. Compareça à Clínica para a colonoscopia 15 minutos antes do horário com apenas 01 acompanhante, sem esmalte, qualquer tipo de jóias (brincos, anéis, cordões, relógio, etc.) e traga uma camiseta de algodão (qualquer cor) fechada.
  8. Traga os exames recentes com hemograma e coagulograma (tempo de protrombina, RNI e tempo de tromboplastina parcial).
  9. Traga por escrito, em letra legível, os nomes das doenças (caso tenha) e dos remédios de uso crônico (caso faça use).


Internação hospitalar na colonoscopia

A colonoscopia é um procedimento ambulatorial, ou seja, não há necessidade de internar em hospital. Você faz todo o preparo em casa e chega com antecedência de 15 a 30 minutos à clínica, realiza a colonoscopia e recebe alta em 30 a 40 minutos, obedecendo alguns critérios de segurança.

Raramente, a colonoscopia exigi a internação em hospital para ser realizada. Mais de 95% das colonoscopias são realizadas em Clínicas. Mas, como todo procedimento, tem seus riscos, em alguns casos a internação em hospital é necessária. Como nas doenças crônicas graves do coração, pulmão, rim e fígado ou em uso de medicamentos anticoagulantes que não podem ser suspensos. Quando estes riscos são elevados, há indicação de fazer a colonoscopia em ambiente hospitalar. Também se faz necessário a internação em hospital para a retirada de uma grande lesão, quando o risco de complicações, perfuração do intestino ou sangramento, é maior.



Não, a colonoscopia é indolor

Não, a sedação e analgesia consciente é realizada em todos que fazem a colonoscopia. O uso dos remédios faz você dormir, mas despertará quando chamado ou estimulado pelo toque. Nenhuma intervenção é necessária para manter a respiração e a função do coração é preservada. O oxigênio a 100% é usado para diminuir o risco da queda do nível de oxigênio no sangue. O objetivo principal da sedação é reduzir a ansiedade e o desconforto, melhorando a satisfação e tolerabilidade à colonoscopia, além de possibilitar ao colonoscopista um ambiente ideal para a análise adequada.

A aplicação de sedativos e analgésicos na colonoscopia melhoram as taxas de exames completos, a tolerância, a satisfação e a probabilidade de repetir o procedimento, e reduz a frequência de complicações relacionadas ao exame.

A sedação e analgesia é ato médico e o colonoscopista deve conhecer bem os medicamentos, os níveis de sedação, efeitos colaterais e tratar as complicações. A resposta à sedação e analgesia não é uniforme e, portanto, as medicações devem ser administradas em pequenas doses. A dose da medicação depende da ansiedade do paciente, idade (o risco de eventos adversos seria maior em idosos), medicamentos em uso (principalmente tranquilizantes e sedativos), abuso de drogas ou álcool e doenças (doença cardíaca ou pulmonar, doença neurológica ou convulsão e apneia do sono). A duração e grau de dificuldade do exame também influencia a dose. História de reações adversas ou alergia a procedimentos anteriores é sinal de alerta.

A doença renal crônica não influencia na escolha e dose da medicação mais comumente usada (propofol, fentanil ou midazolam).Na doença do fígado crônica a sedação com propofol e fentanil ou midazolam e fentanil é segura, com taxa de complicações semelhantes. O esquema de propofol e fentanil é mais eficaz com menor tempo de recuperação pós-exame.

Pacientes sedados com propofol de forma não contínua (bolus) é mais segura. A dose usada é menor, a frequência de queda da oxigenação do sangue também é menor e o despertar é mais precoce quando comparado à infusão contínua.

Jejum: em pacientes de baixo risco para broncoaspiração o jejum de 6 horas para alimentos sólidos e de 2 horas para líquidos límpidos sem resíduos são suficientes para promover as colonoscopias com segurança e qualidade.

Após a conclusão da colonoscopia, devido a sedação e analgesia intravenosa, os pacientes necessitam de observação e monitoramento até que se recuperem dos efeitos dos sedativos. A decisão de alta é tomada com base nos níveis de consciência, pressão arterial e frequência cardíaca, oxigenação e dor/desconforto, que devem ser avaliados em intervalos regulares e registrados até estas medidas retornarem aos valores basais. Critérios padronizados são usados para avaliar a recuperação da sedação (ESCALA DE ALDRETE-KROULIK). Todos os pacientes devem receber instruções verbais e escritas, descrevendo dieta, atividades, medicações e acompanhamento de avaliações a serem seguidas após o procedimento.Um número de telefone de contato com disponibilidade de 24 horas/dia, de uma pessoa responsável pelo serviço de endoscopia.



Não pode ir sozinho fazer a colonoscopia

A sedação e analgesia consciente é realizada em todos que fazem a colonoscopia. É o sono induzido por drogas, mas despertará quando chamado ou estimulado pelo toque.

Respeitando critérios de segurança e as normas da legislação Brasileira (SS-169/96, CFM 1.409/94 e SS-SP 2/2006) é obrigatória a presença de um acompanhante até o seu retorno à sua residência. É proibido dirigir e tomar decisões importantes nas 12 horas seguintes ao exame, pois, devido aos medicamentos usados, você pode se manter sonolento e com retardo dos reflexos.

É obrigatório que o paciente com idade inferior a dezoito anos e não emancipado ou que tenha sido considerado legalmente incapaz esteja acompanhado pelo responsável legal.



A colonoscopia não é perigosa

O exame de colonoscopia não é perigoso. Trata-se de um exame seguro, mas que tem alguns riscos, embora sejam bastante baixos. O risco de complicações graves após a colonoscopia é baixo.
 
Nas colonoscopias de rastreamento, complicações graves variam de 1,98 a 2,8 por 1000 exames. Mais de 85% destas complicações ocorrem quando pólipos são retirados.
 
Os índices de mortalidade variam entre 0,006% e 0,5%1,3-5 e relacionam-se a complicações, como perfuração e hemorragia, principalmente em pacientes com doenças graves submetidos a exames de urgência.
 
No entanto, o risco de colonoscopia não é constante entre os grupos. Os idosos têm maior risco de complicações graves em comparação com pacientes mais jovens. Pacientes com idade entre 80 e 84 anos têm uma taxa mais alta de complicações graves em comparação com pacientes com idade entre 66 e 69 anos (8.8 por 1000 procedimentos versus 5.0 por 1.000 procedimentos). O risco de complicações sérias também aumentou nos pacientes com doenças crônicas (acidente vascular encefálico, doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrilação atrial e insuficiência cardíaca).

A colonoscopia é segura no idoso
 
A primeira colonoscopia de prevenção deve ser considerada em homens ≤85 anos e mulheres ≤90 anos quando a expectativa de vida for de 10 anos ou mais. A idade avançada por si só não é um motivo para evitar a colonoscopia e quando considerada pode impedir diagnósticos, tratamentos e até mesmo a cura de doenças. A colonoscopia é o principal exame para investigar os sintomas gastrointestinais baixos (dor abdominal associado a alteração do ritmo intestinal, sangramento intestinal e anemia por deficiência de ferro). Os pacientes encaminhados com esses ou outros sintomas devem ser avaliados para determinar o risco/benefício da colonoscopia. Se o paciente estiver com as condições clínicas estáveis para fazer a preparação intestinal, a colonoscopia deve ser realizada como primeira escolha. Em pacientes idosos, a colonoscopia é segura, bem tolerada e oferece bom rendimento diagnóstico. A sedação não é problema. Nos idosos a taxa de preparo de intestino inadequado é maior e, portanto, deve ser otimizado.
 
O câncer colorretal é a segunda principal causa de mortalidade relacionada ao câncer em todo o mundo e a quarta doença maligna mais diagnosticada. Aproximadamente 90% dos novos cânceres colorretais são diagnosticados em pacientes acima de 50 anos, com a idade média de diagnóstico aos 69 anos. A idade, portanto, é um importante fator de risco para o desenvolvimento de câncer colorretal e os idosos sendo desproporcionalmente mais afetados, necessitam da triagem e vigilância. A colonoscopia, reduz significativamente a incidência do câncer colorretal nos idosos (cerca de 50%).
 
No idoso é importante considerar as diversas condições médicas presentes, aos medicamentos em uso, a capacidade cognitiva para entender o preparo do intestino e a mobilidade, condições que tornam o preparo inadequado com mais frequência. Deve-se usar doses mais baixas de sedativos e infundi-los mais lentamente.
 
A idade não altera os eventos adversos menores, como dor abdominal. Os eventos adversos importantes como perfuração, sangramento e complicações cardiopulmonares são todos afetados pela idade, embora o risco individual varie e seja influenciado por fatores adicionais (doenças associadas). De todos os eventos adversos associados à colonoscopia, o maior risco associado à idade é a perfuração intestinal. As complicações diretas da retirada de pólipos (perfuração e sangramento) são um pouco maiores nos idosos, quando comparado com a população geral. Deve-se sempre pesar o risco/benefício individual e expectativa de vida para se considerar a retirada de pólipos, uma vez que menos de 10% dos pólipos com menos de 10 mm se transformam em câncer em 10 a 15 anos.


Complicações da colonoscopia

A colonoscopia é um exame seguro, no entanto, como todo ato médico, não é isenta de riscos. Existem as complicações relacionadas ao preparo do intestino, a sedação e analgesia e as causadas pelo exame.
 
O uso de laxantes durante o preparo intestinal pode ocasionar tonturas, náuseas, vômitos e cólicas intestinais, seguidos ou não por desidratação e desequilíbrio hidroeletrolítico (alteração na concentração corporal de água, sódio, potássio e magnésio). A distensão abdominal é infrequente e ocorre geralmente em pacientes com tumores avançados do intestino grosso obstruindo parcialmente. Com o objetivo de minimizar recomenda-se O preparo intestinal é realizado de maneira a prevenir ou minimizar esses efeitos colaterais pela reposição hidroeletrolítica vigorosa (água, sucos, bebidas isotônicas, água de coco, etc.), e uso profilático de antieméticos.
 
As medicações empregadas na sedação e analgesia podem provocar reações locais (flebite – dor, vermelhidão e endurecimento da veia – no local da punção venosa) e sistêmicas de natureza cardiorrespiratória, incluindo depressão respiratória com diminuição na oxigenação sanguínea e alterações no ritmo cardíaco (bradicardia e taquicardia) e na pressão arterial sistêmica (hipotensão e hipertensão). Esses efeitos colaterais são constantemente monitorizados durante o exame com o uso de monitor de oxigenação sanguínea e de controle da frequência cardíaca, estando a equipe habilitada para o tratamento imediato de qualquer uma dessas complicações. As complicações relacionadas a colonoscopia diagnóstica são raras, ocorrendo em 0,1% a 0,5% dos exames.
As mais frequentes são a perfuração (0,5%) e o sangramento (0,05%). Perfuração ocorre mais frequentemente em pacientes idosos com doença diverticular deformante do cólon. Hemorragia é excepcional e ocorre geralmente em pacientes com distúrbios de coagulação submetidos à biópsia colônica. Essas complicações são mais frequentes nos procedimentos terapêuticos, incluindo polipectomia (retirada de pólipos), mucosectomia (retirada de lesões planas ou deprimidas), hemostasia (tratamento de lesões sangrantes), dilatação de estenose (estreitamento) colônica e descompressão colônica.
 
As complicações após a polipectomia/mucosectomia são as mais frequentes, ocorrendo sangramento e perfuração na base do pólipo retirado em, respectivamente, 1 a 2,5% e 0,3% a 2% dos casos. Essas complicações ocorrem geralmente em pacientes com pólipos de grandes dimensões (maiores que 2 cm) e podem ocorrer no momento ou dias após a realização do exame. O sangramento pode ser tratado por hemostasia endoscópica e a perfuração habitualmente requer tratamento cirúrgico.
 

 



Quando a expectativa de vida for ≤ 10 anos
 
Quando interromper a colonoscopia de prevenção do câncer colorretal em idosos? A interrupção deve ser considerada quando a expectativa de vida estimada for ≤ 10 anos.
 
Embora a colonoscopia de prevenção reduza em 50% a incidência do câncer colorretal em idosos (≥ 75 anos), em determinado momento ela deixa de aumentar significativamente a expectativa de vida e, portanto, não deve ser oferecida. Existem evidências e consensos claros sobre uma idade em que alguns pacientes não obtêm benefício com a colonoscopia de prevenção: homens ≥85 anos e mulheres ≥ 90 anos.
 
A colonoscopia de prevenção é potencialmente benéfica em homens ≤85 anos e mulheres ≤ 90 anos, sempre considerando as comorbidades e expectativa de vida, caso não tenha registro de uma colonoscopia sem pólipos nos últimos 10 anos.
 
Pacientes mais jovens têm uma diminuição maior na expectativa de vida do que pacientes idosos após um diagnóstico de câncer colorretal. Ao mesmo tempo, há uma redução de 75% no benefício da triagem para pacientes idosos em comparação com pacientes mais jovens.
 
Estudos mostraram que o benefício da triagem, após uma colonoscopia sem pólipos inicial, é reduzido em pacientes idosos, pois esse grupo tem maior chance de morrer de outras doenças além do câncer colorretal.
 
Em resumo: a saúde, expectativa de vida, condição funcional e idade são considerados quando se pensa em interromper o rastreamento do câncer colorretal. Recomenda-se uma abordagem individualizada reservando a colonoscopia a pacientes idosos (≥ 75 anos) saudáveis, quando a expectativa de vida for de 10 anos ou mais.


 
Recomendações para situações especiais
 
Quando repetir a colonoscopia no preparo de cólon inadequado?
O preparo inadequado está associado a perdas de lesões nas colonoscopias. É recomendado repetir entre 6 a 12 meses.
 
PSOF (pesquisa de sangue oculto nas fezes) positiva antes de completar o intervalo recomendado.
É muito comum em nosso meio. O paciente está em seguimento pós-polipectomia, mas outro médico pede como parte de algum check-up a PSOF. Se a primeira colonoscopia foi ideal este resultado é desconsiderado. Não existem dados que suporte a antecipação da colonoscopia visando o diagnóstico de câncer ou adenoma avançado devido as altas taxas de falso positivo da PSOF.
 
A colonoscopia só deve ser antecipada se o primeiro exame foi incompleto, teve o preparo de cólon inadequado, existir história familiar de câncer colorretal e pela insegurança de paciente e do médico, principalmente quanto ao local onde a primeira colonoscopia foi realizada. Os pacientes e familiares devem ser alertados a não realizar a PSOF entre as colonoscopias.
 
Sintomas entre o intervalo de vigilância (sangramento anal, dor abdominal, diarreia e constipação).
Novas doenças podem surgir no intervalo de seguimento. Estes sintomas criam um dilema clínico, mas quando a primeira colonoscopia foi ideal o diagnóstico de câncer ou adenoma avançado da colonoscopia antecipada será provavelmente baixa. A maioria dos médicos opta pela antecipação da colonoscopia devido a possibilidade de novas doenças surgirem.
 
Outros fatores de risco (uso de AINE ou aspirina, raça, idade e sexo). Não existe evidência científica que justifique alterar os intervalos recomendados.


Orientações a seguir após a realização colonoscopia

  1. Após a colonoscopia o paciente é deixado na mesa de exame até a saturação de O2 no ar ambiente for mantida acima de 92%.
  2. O paciente é transferido para a sala de recuperação.
  3. Na sala de recuperação é monitorado com a oximetria de pulso.
  4. Checa-se a ESCALA DE ALDRETE-KROULIK a cada 15 minutos.
  5.  Quando a saturação de O2 cair, no ar ambiente, abaixo de 92% a oxigenoterapia é reiniciada a 2 l/min.
  6. Alta do SED quando alcança 10 na ESCALA DE ALDRETE-KROULIK: movimenta os 4 membros; respira profundamente e tosse; PA normal ou 20% ≤ PA pré-exame; totalmente desperto e oximetria ≥ 92% no ar ambiente. Geralmente 30 a 45 minutos após o exame. Sempre com a autorização do médico. Sempre acompanhado.
  7. O paciente e o acompanhante são orientados como descrito nos itens 8, 9 e 10 e presentes na capa de laudo de exames.
  8. Biópsia: coleta de material para análise pelo médico patologista.
    1. Caso o material coletado em frasco com formol tenha ficado na Clínica EndoColono, um segundo laudo estará a sua disposição em aproximadamente 10 dias. Para saber se o resultado está disponível, favor telefonar para a Clínica. 
    2. Caso o material coletado em frasco com formol esteja em seu poder, você o entregará ao laboratório de anatomia patológica de sua escolha, tendo o cuidado de verificar quando o resultado estará disponível. Os frascos poderão ser guardados por tempo indeterminado. O resultado do exame histopatológico das biópsias deve ser anexado ao laudo do exame endoscópico, e ambos devem ser entregues ao seu médico.
  9. Orientações após a colonoscopia.
    1. O Sr.(a) foi submetido(a) a colonoscopia sob analgesia venosa sem contratempos.
    2. Poderá alimentar após a alta da clínica, mas dê preferência a alimentos de fácil digestão.
    3. Procure ficar em repouso até o dia seguinte ao exame, evitando esforços e atividades perigosas ou que exijam concentração. Exemplo: costurar em máquinas e cortar com serras ou facas. D. Não dirigir até o dia seguinte ao exame. Não quebre esta regra em hipótese nenhuma.
    4. Não tome nenhuma decisão importante até o dia seguinte ao exame.
    5. Não use bebidas alcoólicas até o dia seguinte ao exame.
    6. Mulheres amamentando devem solicitar orientação apropriada e específica.


Posso sentir após a realização da colonoscopia

  1. Sonolência: em função dos efeitos da medicação para a realização da colonoscopia. Apenas descanse.
  2. Cólica abdominal: devido à injeção de ar durante o exame e melhoram à medida que forem eliminados. Pode tomar 60 gotas de Simeticona e repetir a cada 6 horas e se necessário tome também um comprimido de Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica e pode repetir a cada 6 horas (proibido para alérgicos a dipirona).
  3. Náuseas e vômitos: poderão o ocorrer em função dos efeitos da medicação para a realização da colonoscopia. Fique em repouso por mais tempo. Pode tomar um comprimido de metoclopramida ou Dimenidrinato 50 mg + cloridrato de piridoxina 10 mg.
  4. Queimação temporária na veia onde foi injetada a medicação (flebite química)
  5. Dor abdominal forte ou sangramento intestinal não são comuns e deverão ser notificados.
Siga todas as outras orientações que por ventura sejam entregues após alguns exames terapêuticos.

Isenção de responsabilidade

As informações contidas neste artigo são apenas para fins educacionais e não devem ser usadas para diagnóstico ou para orientar o tratamento sem o parecer de um profissional de saúde. Qualquer leitor que está preocupado com sua saúde deve entrar em contato com um médico para aconselhamento.